CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
O juiz João Pessoa de Azanbuja, da Quinta Vara Federal em Mato Grosso, autorizou o parcelamento em quatro vezes da fiança de R$ 80 mil imposta ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
A decisão, do dia 18 de janeiro, estabelece para que a primeira parcela seja paga até o dia 20 de fevereiro deste ano.
A fiança diz respeito ao processo por de crime de lavagem de dinheiro a que o ex-bicheiro responde na Vara Federal.
O valor foi estipulado pelo juiz Paulo Cézar Alves Sodré, da 7ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, em novembro passado.
Na decisão, o juiz ainda impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o comparecimento mensal ao Juízo como medidas cautelares.
Essa é uma das etapas para a soltura em definitivo do ex-bicheiro, que está preso há 15 anos, e desde setembro na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
A defesa do ex-bicheiro pediu a progressão de regime do fechado para o semiaberto.
Agora, segundo seu advogado Paulo Fabrinny, Arcanjo aguarda apenas a decisão do juiz da Vara de Execuções Penais e audiência admonitória, que é aquela em que o magistrado impõe condições para a progressão de regime.
Caminho à liberdade
Em novembro, a defesa de Arcanjo havia entrado com pedido de progressão de pena (para o regime semiaberto) e pediu um exame psiquiátrico para atestar que ele estaria apto a deixar a prisão.
O exame constatou que Arcanjo tem “baixa probabilidade” de cometer novos atos de violência e atos ilícitos.
No processo para conquistar a progressão de pena, Arcanjo ainda teve 18 prisões preventivas revogadas. Elas haviam sida decretadas pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra Crime Organizado da Capital, em 2016.
Condenações
João Arcanjo está há 15 anos na prisão, condenado pelo assassinato do empresário Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado (já extinto),entre os outros crimes.
O ex-bicheiro está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, desde setembro, após ser transferido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
Ele foi considerado o chefe do crime organizado, nas décadas de 80 e 90 em Mato Grosso. Foi condenado por crimes que vão de assassinatos a lavagem de dinheiro e contrabando.
Somadas, as penas chegam a 82 anos e seis meses de prisão.
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