DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a se posicionar sobre o encerramento das atividades da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Durante a entrega do Prêmio Eficiência e Inovação 2025, realizada nesta segunda-feira (8), no Palácio Paiaguás, ele confirmou que a unidade deixará de funcionar sob gestão do Estado. Todos os serviços oferecidos atualmente serão transferidos para o Hospital Central, que está em fase final de construção, ou para outras unidades de saúde do governo.
“Já falei 10 vezes sobre esse negócio. Alugamos o prédio, construímos uma casa nova, 100 vezes melhor que a antiga, e vamos mudar todos os serviços para lá. O prédio não é nosso, é do TRT, e todos os serviços serão migrados”, declarou Mendes durante o evento.
O governador também voltou a criticar o custo de manutenção do imóvel, alugado atualmente por cerca de R$ 400 mil mensais. Segundo ele, além de ser um prédio antigo e caro, não faz mais sentido mantê-lo em funcionamento enquanto o Estado investe em estruturas mais modernas e eficientes.
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A declaração corrobora o posicionamento que Mendes já vem defendendo nas últimas semanas, mesmo diante da pressão de parlamentares, entidades médicas e movimentos sociais que pedem a permanência da Santa Casa como hospital público. A expectativa do governo é de que os atendimentos, como hemodiálise, oncologia e pronto-socorro infantil, sejam realocados gradualmente para o novo Hospital Central, que será gerido em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein.
Sobre o destino do prédio, Mendes foi direto: a responsabilidade é do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), proprietário do imóvel. A Justiça do Trabalho avalia a possibilidade de vender a estrutura para quitar dívidas trabalhistas acumuladas pela antiga gestão da Santa Casa, que somam cerca de R$ 43 milhões.
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