LETÍCIA PEREIRA
DA REDAÇÃO
Em evento onde anunciou que o Estado passará a pagar 1/3 de férias aos profissionais da educação com contrato temporário, o governador Mauro Mendes (União) destacou que tem diálogo aberto com a Associação Mato-grossense dos Servidores Públicos da Educação (AMPE). A proximidade com a entidade ocorre ao mesmo tempo em que o chefe do Palácio Paiaguás se afasta e tece críticas ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT).
"Lamentavelmente o Sintep de Mato Grosso adotou uma linha que não funciona com esse Governo e acredito que não funciona mais em todo Brasil. Não é xingando, não é desrespeitando, não é esculhambando, não é mostrando desrespeito e acima que tudo que não representam a Educação de Mato Grosso", detonou o governador.
Segundo ele, o posicionamento do sindicato vai de encontro até com o trabalho desenvolvido pela categoria nas unidades de ensino. "Como alguém que queira representar os profissionais da Educação possa se comportar, como em alguns momentos se comportaram, com tamanha falta de educação?", questionou.
Na sequência, Mauro elogiou o posicionamento da AMPE, que já está tendo um dos pleitos sendo atendido pelo Executivo Estadual. "Estamos dialogando com essa associação, eles trouxeram esse problema, apresentaram de forma educada, respeitosa, fundamentada, analisamos rapidamente tomamos a decisão e construímos a solução. Assim nós vamos continuar dialogando com todos aqueles que queiram fazer dessa forma", frisou.
Desde o início da gestão, Mauro tem enfrentado embates com o Sintep, que chegou a deflagrar greve por conta do não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) no ano de 2019 e também pela impetração da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou a Lei 510/2013, que previa a dobra do poder de compra dos profissionais da Educação até 2023.
Além disso, o Sintep promoveu algumas manifestações contra o Governo cobrando, sobretudo, melhorias salariais, além de criticar o fechamento de escolas e a ampliação das escolas militares no Estado.
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