LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
A ação popular que tramita na Justiça Federal sobre o suposto superfaturamento na compra de máquinas e equipamentos pelo governo do Estado em 2009, conhecido como “Escândalo dos Maquinários”, está concluso para decisão. O processo está nas mãos do juiz federal Julier Sebastião da Silva.
A ação está pronta para ser decidia desde o dia 19 de dezembro de 2013. Conforme consta no andamento processual.
Um dos pontos que faltava ser concluído era a resposta dos peritos aos questionamentos dos advogados dos réus, sobre a perícia realizada nas máquinas e equipamentos, que custaram ao cofre público R$ 241 milhões.
A resposta às indagações foi entregue no dia 19.
Na ação popular respondem como réus: Vilceu Macheti, que na época era secretário de Estado de Infraestrutura; BNDES; o ex-governador e atual senador Blairo Borges Maggi; o ex-secretário de Estado de Administração Geraldo Aparecido De Vitto Junior; o ex-secretário de Estado Eder de Moraes Dias e o Estado de Mato Grosso.
Além disso, também participam do processo a M.Diesel Caminhões e ônibus Ltda.; Iveco Latin America Ltda; Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda.; Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda.; Dymak Maquinas Rodoviárias Ltda; Tork-Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda.; Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda.; Banco do Brasil S/A; Rodobens Caminhões Cuiabá S/A; e Extra Caminhões Ltda.
Entenda o caso
A ação popular foi movida pelo empresário Antônio Sebastião Gaeta, em 2010.
Ela investiga o suposto superfaturamento na aquisição de 705 máquinas pesadas e caminhões, adquiridas em 2009, durante a gestão do ex-governador e atual senador Blairo Maggi.
O recurso utilizado para a aquisição foi oriundo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), um total de R$ 241 milhões.
Há indícios de que a compra, por meio de processo licitatório, de máquinas do programa “MT 100% Equipado”, do Governo do Estado, teria sido superfaturada em cerca de R$ 44 milhões.
A descoberta do rombo nos cofres públicos foi por meio de investigação realizada pela Auditoria Geral do Estado, a pedido do próprio governador da época, Blairo Maggi.
Toda a perícia técnica nas máquinas já foi realizada. Os engenheiros Aloísio Bianchini e Antônio Renan Berchol da Silva foram os responsáveis pela perícia.
No dia 10 de dezembro do ano passado, foi realizada a audiência de instrução e julgamento do caso, em Cuiabá.
Na oportunidade foram ouvidas quatro testemunhas arrolada no processo pelas partes, sendo elas: Francisco Carlos Barbosa Aragão, fiscal de tributos da Sefaz; José Alves Pereira Filho, secretário auditor-Geral), Edson Monfort de Albuquerque, também servidor público e Luiz Antonio Cannizza, engenheiro de produção.
Advogados de todos os réus comparecem na audiência, entretanto, entre os acusados somente Eder Moraes se fez presente.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.