LUIZ ACOSTA
DA REDAÇÃO
O habeas corpus impetrado pela defesa do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, preso desde o último dia 20 (terça-feira) e encaminhado ao presídio da Papuda, em Brasília (DF), foi encaminhado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a Procuradoria Geral da República (PGR), para avaliação e parecer dos procuradores.
Após parecer dos procuradores, o próprio ministro Toffoli deverá analisar o pedido, o que deve acontecer ainda nesta quinta-feira (29).
Eder é apontado no processo, que corre em segredo de Justiça, como operador de um esquema de lavagem de dinheiro e suposto desvio de dinheiro público que operava por meio do Bic Banco, do qual o próprio Eder Moraes já foi executivo, além das empresas de Gércio Marcelino Mendonça, conhecido como Júnior Mendonça, entre as quais a rede de postos de combustíveis Amazônia Petróleo.
Ainda não há informações da fundamentação do pedido de HC, uma vez que nenhum dos advogados de defesa: Paulo Lessa, Fábio Lessa e José Eduardo Alckmin (DF), estão atendendo os telefonemas feitos pela redação do Midiajur.
Também não se sabe se Eder foi ouvido pela Polícia Federal, desde o dia em que foi preso junto com o deputado José Geraldo Riva (PSD) e o superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, sendo que os dois últimos já foram colocados em liberdade.
Entenda o caso
Eder Moraes e o deputado Riva foram presos no início da manhã de terça-feira (20), na Capital, acusados de suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro. A ação fez parte da fase cinco da Operação Ararath.
Eder e Riva foram os únicos presos na operação e ficaram na sede da Polícia Federal até no fim da tarde.
Cada um foi levado ao Aeroporto Marechal Rondon em uma viatura e foram escoltados por sete carros da PF.
Em Brasília, o deputado e o ex-secretário ficaram Complexo Penitenciário da Papuda, onde também estão os condenados pelo esquema do Mensalão petista, como José Genoíno (PT) e José Dirceu (PT), e onde ficou o ex-deputado federal por Mato Grosso, Pedro Henry (PP).
A prisão dos dois é preventiva, por tempo indeterminado, e foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tófolli. Riva foi liberado por ter imunidade parlamentar e acusou o Ministério Público de ter induzido o ministro ao erro, já que ele, na condição de deputado só pode ser preso em flagrante delito ou por crime inafiançável, o que não é o caso;
Além das prisões, a Polícia Federal cumpriu mais 68 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, durante todo o dia, inclusive na residência do governador Silval Barbosa (PMDB), no bairro Jardim das América, gabinetes no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público Estadual (MPE) e em empresas de maquinários.
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