LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O ex-secretário de Estado Éder Moraes teve mais um pedido de liberdade negado pela Justiça Federal. Ele está preso desde o dia 20 de maio, quando foi deflagrada a 5ª fase da Operação Ararath, da Polícia Federal.
O pedido de soltura, contido em habeas corpus impetrado pelos advogados Fábio e Paulo Lessa, foi indeferido pelo desembargador Mário Cézar Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) na tarde desta sexta-feira (25).
Antes da decisão, a defesa de Éder impetrou mais um habeas corpus, que também será julgado pelo mesmo magistrado.
No momento, o ex-secretário está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (antiga Polinter). Ele estava detido no Complexo da Papuda, em Brasília (DF), mas foi transferido esta semana para o Estado devido à extinção do complexo.
É a segunda vez que o desembargador Mário Cézar Ribeiro nega pedido de soltura a Éder Moraes. A primeira ocorreu no início do mês passado.
Na ocasião, ele negou o pedido de soltura sob o argumento de que o mandado de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estava “devidamente fundamentado”.
No STF também tramita outro recurso que pode decidir se Éder continua ou não preso. O caso está sob a responsabilidade da 1ª Turma da Corte, formada pelos desembargadores Dias Toffoli (relator), Marco Aurélio de Mello, Rosa Weber e Luiz Fux.
Toffoli já votou, no final de junho, pela soltura do ex-secretário, enquanto Mello e Weber opinaram pela manutenção da prisão preventiva. O ministro Luiz Fux, que estava ausente, ainda deve emitir seu voto após o término do recesso do tribunal, em agosto.
O ex-secretário é acusado de ser um dos principais articuladores de suposto esquema de lavagem de dinheiro, corrupção e crimes contra o sistema financeiro, investigado pela Polícia Federal na operação.
A operação
A Operação Ararath foi deflagrada em 2013. A Polícia Federal estima que os integrantes do esquema movimentaram, desde 2006, mais de R$ 500 milhões.
Segundo as investigações, o grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado.
Entre os articuladores principais do grupo estavam o ex-secretário de Estado Éder Moraes e o empresário Júnior Mendonça, que recebeu o benefício da delação premiada.
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