DA REDAÇÃO
Caso não reflita sobre certas posições, a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual pode acabar por gerar sérios constrangimentos à instituição e ao seu procurador-geral Marcelo Ferra. Na manhã de hoje (05), uma assessora do MPE ofendeu profissionais dos sites MidiaNews e Midiajur por conta da reunião do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). Na pauta, entre outros assuntos, estava o arquivamento ou não do inquérito que apura a suposta participação do ex-governador Blairo Maggi (PR) no "Escândalo dos Maquinários", que resultou no desvio de R$ 44 milhões dos cofres públicos.
Ao saber que a imprensa estava na recepção e queria cobrir a reunião, ela disse que iria se informar se o encontro do Conselho seria público ou não. Depois de alguns minutos, ela retornou e disse que a reunião seria aberta, mas que os jornalistas não poderiam fotografar a reunião. Questionada sobre o porquê do veto, ela disse que alguns membros do conselho não gostavam de se deixar fotografar. "Mas a reunião não é pública, os membros não são homens públicos? Ou há algo a se esconder?", questionou um jornalista.
Foi o suficiente para que a assessora "misturasse as bolas" e começasse uma sessão de impropérios. Entre outras ofensas desnecessárias, ela chamou os sites de "imprensa marron", disse que o jornalista não tinha "ética", que era "prepotente" e que, por isso, os sites de Mato Grosso estavam "perdendo a credibilidade".
Apesar do radicalismo, não se soube, ao certo, aonde a moça queria chegar. Estava defendendo o interesse de algum procurador ou promotor, que poderia ter algo a esconder? A reação teria ocorrido por conta da polêmica decisão que o MPE terá que tomar: arquiva ou não o inquérito que investiga o senador Blairo Maggi? Ou teria sido apenas um rompante pessoal e injustificável?
No final das contas, os jornalistas acabaram acompanhando a reunião e tirando fotos, sendo que nenhum dos conselheiros presentes reclamou ou, sequer, fez expressão de desagrado.
P.S.: O procurador Paulo Prado, que pediu vistas do processo envolvendo Blairo Maggi, não esteve presente à reunião e, portanto, o Conselho não se posicionou sobre o caso.
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