DA REDAÇÃO

Gilmar Mendes: nomeação merece meditação do STF
Notório pelas críticas que faz ao Governo Dilma, o ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode continuar a ser investigado pelo juiz federal de Curitiba, Sérgio Moro, caso o Supremo entenda que sua nomeação como ministro da Casa Civil foi apenas para fugir da primeira instância. Em entrevista ao site da Folha de S. Paulo, Mendes disse que essa é uma questão "que merece meditação do tribunal" e citou o exemplo do ex-deputado Natan Donadon, condenado à prisão por desvios de recursos públicos, que renunciou ao cargo às vésperas do julgamento para tentar escapar do foro do STF.
O ministro comparou a situação à de Lula. "Se o tribunal, numa questão de ordem, chegasse à conclusão de que para esses fins [de mudança de foro] a nomeação não é válida, mantém-se o processo no âmbito do primeiro grau", disse. E ainda citou um exemplo hipotético: "Imaginem que, daqui a pouco, a presidente da República decida nomear um desses empreiteiros presos em Curitiba como ministro de Transporte ou da Infraestrutura. Nós passamos a ter uma interferência muito grave no processo judicial, precisamos meditar sobre isso".
Questionado se a situação de Lula não seria diferente por não estar preso, Gilmar Mendes rebateu: "Mas está sendo investigado, não é? Está sendo investigado como chefe desse grupo".
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