DA REDAÇÃO
Na decisão que negou soltar o agente tributário André Fantoni, o desembargador Orlando Perri afirmou que ele planejou junto com seu advogado, Fernando Henrique Ferreira Nogueira, colocar a culpa do esquema de recebimento da propina no ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf.
Fantoni é acusado de reduzir um auto de infração, no valor de R$ 65,9 milhões, da empresa Caramuru Alimentos, para R$ 315 mil. Em troca, ele e outros dois agentes, Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho teriam recebido propina de R$ 1,8 milhão.
Conforme o desembargador, em depoimento a Polícia Civil, o representante da empresa Caramuru, Walter de Souza Júnior, declarou que estratégia foi definida durante uma reunião no Hotel Odara.
“Tendo André dito que teriam que resolver que estratégia iria usar e que ele iria se reunir com seu advogado naquele mesmo dia, no Hotel Odara, tendo solicitado a presença do interrogando para tal reunião. Durante a conversa o advogado e André criaram diversas estratégias, sendo que a primeira foi criar uma história de que os pagamentos realizados pela empresa teriam sido para pagar propinas ao ex-secretário Pedro Nadaf, pois segundo Fernando, Pedro Nadaf já estava incriminado e que jogariam mais essa na conta dele", disse Júnior.
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