DA REDAÇÃO
O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro
Citado em depoimento da Operação Bereré, que investiga um amplo esquema de fraudes no Detran-MT, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, disse em nota que desconhece os "personagens envolvidos" e que está "à disposição da Justiça".
O nome de Montenegro foi mencionado pelo empresário Marcelo Costa e Silva, sócio da Santos Treinamentos, empresa que segundo o Ministério Público era empregada para lavar o dinheiro obtido no esquema.
No depoimento, Montenegro é descrito como o proprietário da GRV, empresa que até 2009 executava o serviço de registro de veículos financiados (GRAVAME) no Detran-MT.
Segundo Costa e Silva, a GRV pagou propina ao ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o "Dóia", para impedir que o serviço fosse novamente licitado.
Na nota, Montenegro disse que foi apenas sócio-minoritário da GRV e que sua participação se encerrou em 2010. Disse ainda que "nunca atuou como executivo da empresa".
Confira a íntegra:
"Em relação às notícias recentes de que o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, é mencionado por Marcelo da Costa e Silva em seu depoimento sobre pagamentos de propina ao Detran-MT, que mantinha interesses comerciais com a GRV Solutions na disponibilização de dados do Sistema de Informações do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e Sistema de Registro Nacional de Carteiras Habilitação (Renach), Carlos Augusto Montenegro esclarece que:
- Foi sócio minoritário da GRV Solutions durante 10 anos, quando tinha apenas 6,25% de participação na empresa.
- Nunca atuou como executivo da empresa.
- Deixou de ter qualquer relação com a GRV em 2010, quando a empresa foi vendida para a Cetip, em uma transação que seguiu todos os padrões de transparência e governança exigidos pelo mercado, incluindo autorização prévia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- Desconhece Marcelo da Costa e Silva e os personagens envolvidos nos trechos da denúncia que vieram a público e que mencionam seu nome.
- Está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à Justiça."
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