DO MIGALHAS
O advogado Clayton Colavite matou na quarta-feira, 8, um cliente com uma caneta e um martelinho, em Jales, SP. Os dois teriam discutido por causa de uma ação e o advogado teria levado uma "gravata" do pecuarista João Antônio Padula, e reagiu dando uma canetada que perfurou o pescoço de Padula.
Em depoimento à polícia, o advogado afirmou que agiu em legítima defesa. Ele disse que a briga começou por causa do resultado negativo de um processo movido contra Padula.
Na versão do advogado, o cliente passou a agredi-lo e chegou a imobilizá-lo com uma “gravata”. O advogado então pegou uma caneta que estava na mesa e atingiu o lado direito do pescoço de Padula, causando sangramento intenso. Após ser ferido no pescoço com a caneta, ele teria continuado a lutar com o advogado. O autor do crime, então, pegou um pequeno martelo de enfeite, que ficava sobre sua mesa, e golpeou o comerciante na cabeça.
À imprensa, o delegado Sebastião Biazi afirmou que o advogado primeiro ligou para a esposa e foi ela quem comunicou o crime à polícia, por volta das 2h da madrugada de quinta, dia 9. “Quando entramos no escritório, encontramos o corpo e muito sangue espalhado. Pelo estado, o crime deve ter ocorrido seis horas antes”, disse o delegado. Colavitte afirmou que a demora em comunicar o caso se deu porque ficou em choque. Clayton foi autuado por homicídio simples, cuja pena é de seis a 12 anos de prisão.
Segundo o delegado, foi realizado exame de corpo de delito no advogado e constatados sinais de lesões no pescoço e em um cotovelo. O corpo de Padula foi enviado para o IML para verificar a causa da sua morte. “Pelo que vimos na cena do crime, o ex-vereador morreu por esgotamento sanguíneo, provocado pelo golpe de caneta. Não acredito que a martelada no olho seja a causa do óbito.”
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