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ÚLTIMAS NOTÍCIAS Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2021, 16:32 - A | A

29 de Janeiro de 2021, 16h:32 - A | A

ÚLTIMAS NOTÍCIAS / CRISE EM MANAUS

PF abre inquérito e investiga ministro da Saúde após determinação de Lewandowski

Com isso, Pazuello passou a ser formalmente investigado na Corte

THAYNÁ SCHUQUEL E LUCIANA LIMA
SITE METRÓPOLES



Por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito nesta sexta-feira (29/1) para investigar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise sanitária do Amazonas.

A investigação deve tramitar no Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF, porque Pazuello, na condição de ministro, tem foro privilegiado. A PF deve agora intimar o titular da Saúde para prestar depoimento sobre as providências tomadas pela pasta.

A autorização para a abertura da investigação sobre a conduta do ministro foi dada na última segunda-feira (25/1).

Lewandowski atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em uma representação apresentada pelo partido Cidadania.

Com isso, Pazuello passou a ser formalmente investigado na Corte.

Na mesma decisão, Lewandowski também mandou a Polícia Federal ouvir o ministro, no prazo de cinco dias a partir da intimação. A corporação terá sessenta dias para concluir o inquérito.

Caos no Amazonas

Manaus tem vivido semanas de caos na saúde pública, em decorrência da explosão no número de casos de Covid-19. Houve falta de oxigênio nas unidades de saúde, levando à morte pacientes que necessitavam de tratamento hospitalar para a doença.

No pedido de abertura do inquérito a PGR afirma que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro. Entretanto, só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano. A denúncia aponta indícios de atraso no envio efetivo de oxigênio hospitalar aos municípios do estado.

Além disso, dentre as providências adotadas pelo governo e relatadas ao STF, está o envio de 120 mil unidades de hidroxicloroquina, fármaco apontado pelo governo como medicamento para tratar a Covid-19. Os efeitos dessa substância contra a Covid-19 não são reconhecidos cientificamente.

Ao relatar a necessidade da investigação, Aras classificou como “gravíssimos” os fatos imputados ao ministro. “Considerando que a possível intempestividade nas ações do representado, o ministro Eduardo Pazuello, o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal”, diz Aras na denúncia aceita pelo STF.

 

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