CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
O delegado da Polícia Federal Márcio Magno Carvalho Xavier disse que Guilherme Dias de Miranda e Walisson Magno de Almeida – alvos da Operação Nascostos nesta quarta-feira (21) – são acusados de estelionato e uso de identidade falsa.
A operação da Polícia Federal de Sorocaba (SP) visa combater crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa associados ao tráfico de entorpecente.
Guilherme e Walisson já estavam presos em Cuiabá desde março, acusados pelo assassinato do personal trainer Danilo Campos, ocorrido em novembro de 2017, na Capital.
Eles devem ser ouvidos neste sábado (24) ou na segunda-feira (26) na Penitenciária Central Estado (PCE), onde estão recolhidos.
“Guilherme e Wallison eram estelionatários e utilizavam os documentos falsos e os cartões clonados para cometer as fraudes”, disse o delegado à imprensa na manhã desta quarta-feira.
Guilherme e Wallison eram estelionatários e utilizavam os documentos falsos e os cartões clonados para cometer as fraudes
O delegado, no entanto, diz que não pode afirmar a ligação da dupla com alguma facção criminosa.
“Isso está sendo apurado ainda. No decorrer das análises dos documentos, a gente vai poder apurar melhor. Há indícios de que existe essa possibilidade de vínculo com as facções criminosas”, afirma.
A Polícia Federal investiga se organização criminosa desarticulada na Operação Nascostos seria uma célula de alguma facção, ou apenas prestaria serviço a alguma delas, como a compra de passagens aéreas.
A operação
Em Mato Grosso, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e dez de busca e apreensão.
A PF também cumpriu mandados de prisão contra a esposa de Guilherme, Yonar Sudré Avelino, e Danilo Romao Paes Lemes. No caso da morte do educador físico, Danilo Lemes foi apontado como a pessoa que teria ligado para o personal para atraí-lo para a cena do crime.
Alair Ribeiro/MidiaNews
Dupla Wallison e Guilherme, acusados de estelionato
Ao todo, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária, oito sequestros de bens e 27 mandados de busca e apreensão em diversos estados da Federação.
Conforme a Polícia Federal, as investigações foram iniciadas no ano de 2017.
Criminosos se passavam por um juiz federal e, utilizando documentos falsos - inclusive cartão de crédito clonado -, compravam passagens aéreas para terceiros por rotas atípicas.
De acordo com a PF, a operação foi batizada de Nascostos, que significa "ocultos" em italiano e faz alusão ao "modus operandi" utilizado pela organização criminosa para o cometimento dos estelionatos.
Segundo a PF, o grupo sempre se utilizavam de documentos falsos em redes sociais e sites, objetivando ocultar as verdades identidades de seus integrantes.
Leia mais sobre o assunto:
Acusados de matar personal são alvos de ação da Polícia Federal
Quer receber notícias no seu celular? PARTICIPE DO NOSSO GRUPO DE WHATSAPP clicando aqui .