DA AMM
Fortalecer a economia local, promover a conservação dos recursos naturais e reduzir as desigualdades sociais são os objetivos do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis, que realiza no período de 25 a 27 de novembro, no Hotel Fazenda Mato Grosso, o 2º Seminário de Municípios Sustentáveis. O evento tem o apoio da Associação Mato-grossense dos Municípios-AMM, do Instituto Centro de Vida (ICV) e de outras entidades.
Durante a abertura do seminário, nesta terça-feira, participaram diversos prefeitos, secretários e técnicos dos municípios. O evento conta com a presença de gestores dos oito consórcios intermunicipais que compõem o bioma amazônico mato-grossense, onde começou o programa. Entre eles, o Vale do Teles Pires, Alto do Teles Pires, Portal da Amazônia, Vale do Juruena, Araguaia, Médio Araguaia, Norte Araguaia e Vale do Arinos.
O presidente do Comitê Gestor do PMS, Renaldo Loff, anunciou que o governo estadual vai divulgar o decreto que cria o Programa de Municípios Sustentáveis. Ele enalteceu a participação dos consórcios que representam 64 municípios. Segundo Renaldo, o programa surgiu devido à demanda dos municípios que desenvolvem projetos e o extrativismo com foco na preservação ambiental. Ele frisou que Mato Grosso tem 90 mil propriedades e os municípios têm que gerar renda e garantir a sustentabilidade. Ele ressaltou que o foco é a agricultura familiar, com maior atenção para as pequenas propriedades, para que elas tenham a assistência técnica rural. “O Programa desenvolve as cadeias produtivas das regiões. Muitos municípios ainda têm problemas com a regularização. A meta é diminuir as áreas degradadas”, assinalou.
O prefeito de Itaúba, Raimundo Zanon, compõe o Comitê, e na ocasião, representou o presidente da AMM, Valdecir Luiz Colle, Chiquinho. Ele informou que seu município tem 70% de florestas e desenvolve muitas atividades de extrativismo. Zanon procurou o programa que tinha a solução para os projetos sustentáveis. “Através do comitê os municípios terão mais apoio e podem receber recursos para o extrativismo”, alertou.
O deputado estadual Ezequiel Fonseca, eleito para a Câmara Federal, disse que vem acompanhando o desenvolvimento dos municípios, principalmente os que estão organizados através dos consórcios e do comitê. Ele enfatizou que com os mecanismos atuais, os municípios podem preservar mais as áreas ambientais. Ele lembrou que Código Florestal, aprovado pelo Congresso Nacional, representa um avanço, mas precisa de mais ações. “No passado, foram cometidos muitos erros que acabaram colocando Mato Grosso no ranking de estados que mais desmataram”, salientou.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Jose Lacerda, ressaltou que Mato Grosso tem 93 milhões de hectares e uma rica biodiversidade. Ele disse também que é preciso identificar os problemas para buscar o desenvolvimento econômico. “O estado tem uma extensa cobertura florestal. O meio ambiente ainda não recebe o valor econômico merecido e quando receber será mais valorizado. A cobertura de madeira é mal aproveitada e as terras de faixa de fronteira não estão sendo respeitadas”, frisou.
Nesta quinta-feira (27), a partir das 8 horas, haverá a apresentação das próximas ações do programa. A reunião vai contar com a presença de representantes dos parceiros da rede que compõem o programa, equipe de transição do governo, governador eleito, Pedro Taques, além do promotor do MPE, Domingos Sávio, entre outros.
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