LUÍSA GOMES
DO G1
Uma cliente da operadora de celular TIM ganhou na Justiça o direito a uma indenização por danos morais no valor de R$ 6.780, após ser identificada em um cupom fiscal como “a cliente mais enjoada que já existiu”. A decisão foi do juiz do 10º Juizado Especial Cível de Goiânia, Fernando Mello Xavier. A sentença foi dada no último dia 14. Cabe recurso da decisão.
Por meio de nota, a assessoria da TIM informou que o episódio em questão ocorreu em dezembro de 2010 e, na ocasião, os funcionários foram desligados pela atitude inadequada. A operadora repudiou o "comportamento impróprio" e informou que realiza constantemente treinamento em todas as suas unidades.
A cliente preferiu não se identificar. A filha dela, a advogada Milena Bueno, conta que a mãe esteve em uma loja da operadora na capital por três vezes em uma semana na tentativa de resolver um problema com um chip que tinha queimado.
“De uma hora para outra, o telefone parou de funcionar e a gente procurou uma loja representante da TIM. Eles tentaram habilitar o chip com o número, mas não conseguiram. Saímos da loja com a promessa de que a linha seria restabelecia só que não foi”, conta Milena.
Nos dois dias seguintes mãe e filha voltaram à loja e chegaram a ir a uma loja própria da operadora, mas ainda assim não conseguiram habilitar o mesmo número no novo chip. “Depois de três dias tentando resolver o problema, voltamos na loja onde compramos o chip e pedi o cupom fiscal. Na hora que peguei o cupom, vi o que estava escrito. Mostrei o papel para a gerente e ela ainda tentou tirar o cupom da minha mão. Tivemos que sair apressadas da loja”, relata.
“Em momento algum nos pediram desculpas. Agora, como foi pra Justiça, aguardamos tanto o pedido de desculpas, como a indenização”, acrescenta a advogada. Para ela, além do cupom, o transtorno foi o fato de ter ficado com a linha, que é comercial, desabilitada por mais de um mês.
Além disso, Milena Bueno afirma que a situação deixou indignada sua mãe, que já tem idade avançada. “Ela se sentiu humilhada e nem queria entrar com a ação para não se expor mais ainda. Mas, tentando evitar que a operadora faça o mesmo com novas pessoas eu a incentivei a entrar com a ação”, afirma.
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