DA REDAÇÃO
O advogado Luiz Aldani Nardão e os servidores públicos da Prefeitura Municipal de Canarana (821 km de Cuiabá), Valderlan Cassiano Sobrinho e Sadi Antônio Turra, foram presos em flagrante na última sexta-feira (05).
Eles são suspeitos de usarem uma retroescavadeira doada pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário para realizar obra em área particular pertencente ao advogado. Sadi Antônio, secretário de Obras do município e Valderlan Cassiano, chefe de obras da pasta, foram afastados de seus respectivos cargos.
Os três suspeitos foram liberados da prisão no sábado (05), sob pagamento de fiança. Valderlan Cassiano pagou cinco salários mínimos, enquanto Sadi Antônio e Luiz Nardão tiveram que desembolsar 20 salários mínimos.
A denúncia do uso ilegal do maquinário público adquirido através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), e da apropriação do combustível, foi feita ao Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça de Canarana. O fato foi comunicado pelo promotor de Justiça, Jorge Paulo Damante Pereira, à Polícia Civil, que realizou a diligência.
Ao todo, seis pessoas foram interrogadas pelo delegado João Biffe Junior, mas apenas Luiz, Valderlan e Sadi foram indiciados pelo envolvimento no crime.
No momento em que os policiais chegaram no local, a máquina distribuía cascalho no terreno de propriedade do advogado. Ainda de acordo com as diligências policiais, um caminhão da prefeitura já teria fornecido nove carregamentos de cascalho para realização de aterro no local.
Na Delegacia de Polícia, o advogado Luiz Aldani, apresentou um Documento de Arrecadação Municipal, pago no valor de R$ 580, no intuito de demonstrar que a utilização da retroescavadeira estava de acordo com a lei. Porém, após análise dos elementos informativos a Polícia Civil identificou que a Guia de Arrecadação havia sido emitida no mesmo dia, sendo constato nos autos do inquérito policial que as máquinas da Prefeitura começaram a prestação de serviços na propriedade do advogado três dias antes.
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