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VARIEDADES Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2016, 15:02 - A | A

21 de Dezembro de 2016, 15h:02 - A | A

VARIEDADES / “SULTÃO”

Chefe do Gaeco: líder de esquema é alguém com “poder político”

Declaração de Marco Aurélio de Castro foi dada em entrevista a programa de televisão

AIRTON MARQUES
DA REDAÇÃO



O coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Marco Aurélio de Castro, afirmou que as investigações da Operação Rêmora apontam a existência de um líder “maior” da organização criminosa que supostamente atuou na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no ano de 2014.

Até o momento, o Gaeco apontou que o núcleo de liderança do suposto esquema é composto pelo ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto, e o empresário Alan Malouf – preso desde o dia 14 de dezembro.

“É obvio que, hoje, pelo cenário que nós temos – falando como cidadão -, antevejo algo maior, mas vai depender muito da prova”, afirmou Marco Aurélio, durante entrevista ao programa " O Livre", da TV Band, nesta terça-feira (20).

Esse algo maior é em termos de prerrogativa de foro e de poder político, principalmente

De acordo com o promotor, o nome da terceira fase da operação, denominada "Grão Vizir", faz alusão justamente a este líder, até então encoberto.“Esse algo maior é em termos de prerrogativa de foro e de poder político, principalmente”, completou.

O cargo de "grão vizir", no Império Otomano, era considerado o segundo mais alto na hierarquia, atrás apenas do sultão, do qual o grão vizir era conselheiro.

Corrupção no Governo

Ainda na entrevista, o coordenador do Gaeco declarou que a Operação Rêmora teve grande repercursão por ter sido a primeira investigação a apontar casos de corrupção no Governo de Pedro Taques (PSDB), conhecido por atuar no combate a estes crimes, desde a época em que era procurador da República.

No entanto, Marco Aurélio ressaltou que sua admiração pelo tucano continua e apontou a possibilidade de o gestor ter errado em algumas ações no Executivo.

“Minha admiração continua. Esse é um caso isolado, que ganha certa conotação por ser o primeiro caso de combate ao crime organizado dentro do Governo Pedro Taques, mas muito setorizado”, disse.

“Temos provas de que alguns cargos deste grupo criminoso foram escolhidos por políticos. Isso para mim é um erro. Sé é do conhecimento ou não, não cabe a mim dizer, até porque não é crime este tipo de situação. Mas, para mim, é um erro. Toda vez que nós entregamos a alguém o comando daquela situação, nós delegamos. E nós podemos delegar a uma pessoa de bem ou que pretende fazer o mal”, avaliou.

Outras secretarias

Marco Aurélio voltou a dizer que o esquema existente na Seduc pode ter sido implantado em outras secretarias e órgão do Estado. No entanto, até o momento, nada foi comprovado.

“Existem informações de que personagens deste grupo atuavam em outras secretarias, mas essa situação vai ser evidenciada no momento certo. Não me parece caso isolado na Seduc, pelo menos não se tratando desta organização”, declarou.

“Não tenho como dizer se houve crimes em outras pastas. Se em um determinado momento eu tiver como dizer, vou dizer isso dentro do processo. Por hora, são apenas informações. O Gaeco avança nessa investigação. Vamos até onde os fatos nos levarem. São os fatos que vão nos dizer se vamos parar por aqui ou não”, pontuou.

Operação Rêmora

A denúncia derivada da 1ª fase da Operação Rêmora aponta crimes de constituição de organização criminosa, formação de cartel, corrupção passiva e fraude a licitação.

Na 1ª fase, foram presos o empresário Giovani Guizardi; os ex-servidores públicos Fábio Frigeri e Wander Luiz; e o servidor afastado Moisés Dias da Silva. Apenas Frigeri continua preso.

Em maio deste ano, o juiz Bruno D’Oliveira Marques, substituto da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, recebeu a denúncia.

Nesta fase, são réus na ação penal: Giovani Belato Guizardi, Luiz Fernando da Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues, Moises Feltrin, Joel de Barros Fagundes Filho, Esper Haddad Neto, Jose Eduardo Nascimento da Silva, Luiz Carlos Ioris, Celso Cunha Ferraz, Clarice Maria da Rocha, Eder Alberto Francisco Meciano, Dilermano Sergio Chaves, Flavio Geraldo de Azevedo, Julio Hirochi Yamamoto filho, Sylvio Piva, Mário Lourenço Salem, Leonardo Botelho Leite, Benedito Sérgio Assunção Santos, Alexandre da Costa Rondon, Wander Luiz dos Reis, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva.

Na segunda fase da operação, foi preso o ex-secretário da Pasta, Permínio Pinto. Ele foi posteriormente denunciado junto com o ex-servidor Juliano Haddad.

Neste mês foi deflagrada a terceira fase da operação, denominada “Grão Vizir”, que prendeu preventivamente o empresário Alan Malouf, dono do Buffet Leila Malouf.

A detenção do empresário foi decorrente da delação premiada firmada entre o empresário Giovani Guizardi e o MPE, onde Guizardi afirmou que Malouf teria doado R$ 10 milhões para a campanha de Pedro Taques ao governo e tentado recuperar os valores por meio do esquema.

A terceira fase resultou na segunda denúncia, que teve como alvos o próprio Alan Malouf, considerado um dos líderes do esquema, e o engenheiro Edézio Ferreira.

Veja parte da entrevista do coordenador do Gaeco, promotor Marco Aurélio de Castro:

 

Leia mais:

Gaeco diz que engenheiro era "subalterno" de delator na Seduc

Gaeco denuncia Alan Malouf e engenheiro por fraudes na Seduc

“Novas fases podem surgir envolvendo personagens com foro”

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