LAURA NABUCO
DA REDAÇÃO
A defesa do empresário Filadelfo dos Reis Dias protocolou nesta quarta-feira (10) uma representação junto à Procuradoria Geral de Justiça contra o delegado Carlos Américo Marchi, da Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande, que presidiu o inquérito que resultou na denúncia por tentativa de homicídio e roubo qualificados contra Filadelfo e outras sete pessoas.
Conforme informações do site Isso é Notícia, Marchi foi acusado de falsidade ideológica e ato de improbidade administrativa por supostamente ter mentido em um ofício direcionado à defesa do empresário. No documento, o delegado teria negado que Filadelfo era um dos investigados.
Ainda segundo o site, a defesa requereu cópias do inquérito em maio do ano passado, mas teve o pedido negado por Marchi, que teria argumentado não haver motivos para fornecer os documentos, visto que Filadelfo não estava sendo investigado. A defesa afirma, no entanto, que em abril do mesmo ano o delegado já havia requerido à Justiça autorização para quebra do sigilo telefônico do empresário.
Na representação, os advogados de Filadelfo ainda teriam acusado Marchi de inserir no inquérito um relatório apócrifo com informações de que o empresário planejava fugir de Mato Grosso para se livrar das acusações.
O MídiaJur entrou em contato com o advogado Murilo Silva Freire, que atua na defesa de Filadelfo, mas ele preferiu não comentar o teor da denúncia porque o processo corre em segredo de Justiça.
A representação foi encaminhada diretamente ao procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, que ainda deve decidir que medidas serão adotadas. Só então será definido o impacto da acusação sobre as investigações.
Filadelfo e seu funcionário Marcelo Takahashi chegaram a ser presos por agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no último dia 24. Eles foram abordados enquanto desembarcavam, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, de um voo que vinha de São Paulo.
No dia seguinte, a desembargadora Maria Helena Póvoas concedeu um habeas corpus para ambos. Ela acatou os argumentos da defesa de que faltava fundamentação nos mandados de prisão assinados pelo juiz Abel Balbino Guimarães.
Filadelfo e Takahashi são acusados de terem contratado cinco pistoleiros para matar os empresários Valdinei Mauro de Sousa, ex-sócio de Filadelfo, e Wanderlei Torres, da Construtura Trimec. O motivo seria a disputa por uma fazenda rica em ouro.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), Valdinei e Wanderlei só sobreviveram ao ataque porque estavam dentro de um veículo blindado. Na ação, os bandidos ainda teriam roubado cerca de 100 quilos de ouro bruto, aparelhos celulares, um detector de metal e outros pertences.
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