CÍNTIA BORGES E CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O governador eleito Mauro Mendes (DEM) e o procurador-geral de Justiça Mauro Curvo se reuniram na tarde desta quinta-feira (25) na sede do Ministério Público Estadual. Entre outros assuntos, eles falaram dos atrasos no duodécimo (repasses feitos pelo Executivo aos demais poderes e instituições).
Está é a primeira visita que Mendes faz ao chefe do Ministério Público após ser eleito. No encontro, Curvo lamentou as pendências financeiras do Executivo e Mendes falou da necessidade de os Poderes colaborarem no esforço de recuperação das finanças do Estado.
Em convesa com a imprensa após o encontro, Curvo apontou que os atrasos nos repasses por parte do Executivo chegam a R$ 120 milhões a R$ 130 milhões. Dívida esta acumulada em parcelas não pagas nos anos 2016, 2017 e no primeiro quadrimestre de 2018.
Todos nós haveremos de colaborar para que Mato Grosso saia dessa dificuldade
Assim como tem feito nas últimas semanas, Mendes voltou a citar a crise e a necessidade de uma união entre os poderes contra as "dificuldades".
“A linha que temos adotado não é diferente da que eu sempre citei durante toda a campanha, em que eu disse que iria dialogar com todos os poderes sobre o momento de dificuldades que Mato Grosso passa, e que é de conhecimento de muitos. Essa dificuldade é real, preocupante. Todos nós haveremos de colaborar para que Mato Grosso saia dessa dificuldade”, afirmou o democrata.
“Uma eventual mudança do duodécimo tem que ser tratada com muita cautela compreendendo a realidade daquilo que aconteceu, da possibilidade que cada ente tem de poder contribuir com a redução, manutenção e até mesmo com uma eventual possibilidade de ampliação dos patamares atualmente praticados”, disse Mendes.
“Hoje nós não aprofundamos, esse não era o objetivo. Até porque, eu, na condição de governador eleito, não tenho todos os elementos necessários para que essa discussão seja tratada de maneira objetiva, e não de uma maneira emocional e até subjetiva”, afirmou o governador eleito.
Mendes afirmou que vai se sentar com o chefe do MPE para discussões mais aprofundadas quando estiver com “números sobre a mesa”.
Já o procurador-geral explicou que o caminho que acredita ser o correto a tomar sobre a questão é da “sobrevivência” dos poderes.
“Vamos encontrar um caminho que sobrevivam todos. Até porque todos temos que sobreviver para prestar serviços para sociedade, porque se um faltar quem paga a conta é a sociedade”, afirmou.
Curvo relatou aos jornalistas que, durante o encontro, mostrou a realidade financeira vivenciada pelo órgão, que não recebe o duodécimo em sua totalidade há dois anos.
“A realidade é de uma instituição que a previsão orçamentária do ano que vem é a mesma de dois anos atrás. A realidade de uma instituição que há dois anos não recebe o duodécimo na sua integralidade, e esse ano ainda temos pendencias de 2016, 2017, e do primeiro quadrimestre de 2018”, explica.
Reunião com Taques
Mais cedo, Mendes havia se reunido com o governador Pedro Taques (PSDB) no Palácio Paiaguás. No encontro, ele pediu a reedição do Fethab 2 (Fundo Estadual de Transporte e Habitação).
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