LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador João Emanuel, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta quarta-feira (25).
A prisão preventiva foi determinada pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada contra o Crime Organizado.
Ele é investigado na operação aprendiz deflagrada em novembro de 2013 que desbaratou um esquema criminoso de desvio de dinheiro público através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pelo Poder Legislativo Municipal em Cuiabá.
Além de João Emanuel outras três pessoas também tiveram os mandados de prisão expedidos pela Justiça, que estão sendo cumpridas nesse momento.
João Emanuel será conduzido para a sede da Polinter em Cuiabá.
A reportagem tentou contato com o advogado de defesa de João Emanuel, Eduardo Mahon, mas ele não atendeu as ligações.
Entenda a Operação Aprendiz
No dia 28 de novembro de 2013 o Gaeco deflagrou a Operação Aprendiz para o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão.
Entre os lugares que foram alvos da operação estavam a Câmara Municipal de Cuiabá, a residência do então presidente João Emanuel, a gráfica Propel, o cartório Segundo Serviço Notarial e Registral de Várzea Grande, um escritório de contabilidade, e três residências na capital.
O MPE ouviu o vereador, o advogado e contador Marcos David Andrade, Amarildo dos Santos, Evandro Vianna Stábile Filho, Marcelo de Almeida Ribeiro e André Luiz Guerra Santos. Todos apontados pelo Ministério Público como supostos participantes de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro público da Câmara de Vereadores
João Emanuel foi acusado de se envolver em um esquema de falsificação de documentos de terrenos. Os imóveis, com os documentos falsificados, seriam utilizados como garantia para agiotas na captação de dinheiro para sua futura campanha para deputado em 2014.
Entre as provas apresentadas pelo Gaeco contra o vereador está o vídeo gravado por uma das supostas vítimas de João Emanuel.
A investigação do Gaeco, até o momento, aponta que os terrenos seriam pagos aos proprietários com oferta de participação em processos licitatórios fraudados na Câmara Municipal.
Em janeiro, as investigações na esfera criminal haviam sido suspensas por determinação do desembargador Juvenal Pereira da Silva. Entretanto, no mês de 5 de março, a Terceira Câmara Criminal decidiu, por maioria, manter a operação desencadeada pelo Gaeco.
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