DA REDAÇÃO
Alvo de um inquérito na Delegacia Fazendária (Defaz), a Fiagril Ltda. afirmou, por meio de nota, nesta terça (24), que ficou sabendo da investigação a partir de uma manifestação do Ministério Público Estadual (MPE), após a prisão de agentes de tributos estaduais envolvidos em atos ilícitos, em maio de 2017.
Um deles, André Fantoni, que está sendo investigado no inquérito da Fiagril, é réu na Justiça, acusado de ser líder de uma organização criminosa que reduziu o valor de um auto de infração contra a empresa Caramuru Alimentos S/A de R$ 65 milhões para R$ 315 mil.
Em troca, ele e outros dois agentes, Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho, teriam recebido propina de R$ 1,8 milhão.
"De forma voluntária e transparente, a empresa se colocou à disposição do MPE para prestar os esclarecimentos devidos", diz a Fiagril.
Em abril de 2016, a empresa, uma das gigantes do agronegócio em Mato Grosso, vendeu 57% das suas ações para a chinesa Hunan Dakang Pasture Farming, por cerca de R$ 750 milhões.
Os outros 43% continuam com os sócios Marino Franz, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, e Miguel Ribeiro.
Auditoria
Na nota, a empresa diz que não foi beneficiada na Secretaria de Estado de Fazenda, através de decisões proferidas pelos agentes investigados, e que não fez pagamentos ilegais aos mesmos.
"Instalamos uma auditoria para revisar todos os processos que estão sobre investigação, para apurar qualquer irregularidade que possa ter ocorrido por meios dos prestadores de serviço responsáveis pelo acompanhamento dos processos", diz a empresa.
O inquérito policial foi encaminhado no dia 8 de março para a 4ª Vara Criminal de Cuiabá, sob responsabilidade do juiz Lídio Modesto da Silva Filho.
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