RAFAEL COSTA
DA REDAÇÃO
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) começa a ouvir nesta sexta-feira (22) empresários e um ex-servidor suspeitos de participação no esquema de fraude em licitações da Seduc (Secretaria de Estado de Educação) desvendado pela Operação Rêmora e pela recém deflagrada “Locus Delicti”, que culminou na prisão preventiva do ex-secretário Permínio Pinto (PSDB).
Estão presos desde maio o empresário Giovani Guizardi e ainda os ex-servidores da pasta Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva e Wander Luiz dos Reis.
A reportagem obteve a lista das pessoas que serão ouvidas para ajudar desvender um esquema de fraudes em licitações de obras que totalizam R$ 56 milhões.
Está programado para as 14h o depoimento do engenheiro civil e proprietário da empresa Geotop Construções e Terraplanagem, Eder Alberto Francisco Meciano.
Às 15h00 será a vez do empresário Luiz Fernando da Costa Rondon, um dos sócios da Luma Construtora. Ele já havia sido conduzido de forma coercitiva no dia 3 de maio na primeira fase da operação e prestou declarações reveladoras sobre como ocorriam a corrupção na Seduc.
O empresário Ricardo Augusto Sguarezi, sócio proprietário da Aroeira Construções, também presta depoimento hoje às 16h00.
Os depoimentos prosseguem na segunda-feira, dia 25, com o empresário José Adalberto Sguarezi, às 14h, que é também um dos sócios da Aroeira Construções.
O empresário André Luiz Schuring, dono da Shuring & Shuring Ltda, prestará depoimento às 16h do dia 25. Ele é vice-diretor financeiro Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura".
Na terça-feira, dia 26, às 16h, será a vez do empresário Nelino Manoel Toledo, da XNR Construções. O último a prestar depoimento será o ex-secretário adjunto de Obras Públicas da Seduc, Jeans Martins e Silva Nunes, também no dia 26.
No dia 27, será a vez do ex-secretário Permínio Pinto, que está preso desde quarta-feira, prestar depoimento aos promotores e delegados do Gaeco.
A reportagem apurou que um empresário que está solto firmou termo de colaboração premiada que atinge diretamente o ex-secretário no esquema de cobrança de propina de empreiteiras para pagamentos pelos serviços prestados de reformas e construção de unidades escolares.
Em relação aos cinco presos, o Gaeco disse que não existem acordos de colaboração premiada. "Podemos confirmar que nesta operação já existe um colaborador e que outros estão namorando", limitou-se a dizer o coordenador do Gaeco, promotor Marco Aurélio Catsro.
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