DO MIDIANEWS
O promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), afirmou que recebeu, na semana passada, a análise técnica dos documentos e mídias (arquivos de computador) relacionados à "Operação Arqueiro".
A operação investiga um suposto esquema de fraudes em licitação e desvio de dinheiro público na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), por meio de entidades sem fins lucrativos, como o Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Instituto Concluir.
Mais de R$ 20 milhões foram gastos em contratos com cursos de capacitação nos últimos anos.
"As investigações estão seguindo o curso normal. Aliás, uma boa investigação é feita com critério e paciência. Faltam algumas degravações e despachos, mas ouviremos, a partir de agora, os envolvidos na operação"
Segundo o promotor, após analisar os laudos técnicos sobre essa documentação, o Gaeco, ligado ao Ministério Público Estadual (MPE), dará início aos interrogatórios.
"As investigações estão seguindo o curso normal. Aliás, uma boa investigação é feita com critério e paciência. Faltam algumas degravações e despachos, mas ouviremos, a partir de agora, os envolvidos na operação. Não só políticos, mas empresários e servidores públicos", afirmou Arnaldo Justino.
Sem "proteção"
O promotor do Gaeco negou qualquer tipo de restrição em relação às investigações ou supostos "alvos".
"Quem tiver que sentir a mão pesada do Ministério Público, sentirá. Mas, é óbvio, que teremos todo o cuidado e critério. Uma investigação desse porte não se pode concluir de uma hora para a outra", disse.
Ele afirmou que a primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, será ouvida pelo Gaeco. Ela comandou a Setas até o final de fevereiro passado, menos de um mês antes da deflagração da operação.
"Vamos ouvi-la, com certeza", disse, ressaltando que as investigações poderão se desdobrar durante o próximo ano.
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