DA REDAÇÃO
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), prendeu preventivamente, na manhã desta segunda-feira (1), o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto, e o ex-secretário adjunto da antiga Secretaria de Estado de Administração, Coronel José de Jesus Nunes Cordeiro.
Eles estão na sede do Gaeco e serão submetidos a interrogatório. Além deles, outras pessoas são acusadas de participar de um suposto esquema que teria desviado R$ 7 milhões dos cofres públicos.
Segundo o Gaeco, o esquema iniciou com uma solicitação para que o Estado de Mato Grosso realizasse a aquisição de uma área de terra rural, para ser acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá.
O processo tramitou por vários órgãos públicos estaduais (SEMA, antiga SAD, Casa Civil e INTERMAT) onde passou pela análise “técnica” de vários agentes públicos, para que, ao final, fosse realizado o indevido pagamento dessa área.
Entretanto, as investigações constataram que essa área já pertencia ao Estado de Mato Grosso, ou seja, a mesma área foi paga duas vezes.
A “Operação Seven”, deflagrada nesta manhã, tem por objetivo desmantelar a suposta organização criminosa, composta por particulares e servidores públicos, que teriam feito o desvio de dinheiro no final do ano de 2014.
Estão sendo cumpridos, neste momento, mais dois mandados de prisões preventivas, além de conduções coercitivas e buscas e apreensões.
Dalberto esteve na presidência do Intermat durante os governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa.
Busca e apreensão
Em outrubro do ano passado, a Delegacia Fazendária (Defaz), da Polícia Civil, cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do Intermat, em Cuiabá.
Na ocasião, a delegada Alexandra Fachone afirmou que foram apreendidos documentos referentes a um processo de regularização fundiária de uma área no Norte do Estado, realizada no ano de 2003.
Nessa época, o órgão era presidido por Afonso Dalberto. Não há confirmação que a busca esteja relacionada às prisões desta segunda-feira.
Ex-presidente irá depor em instantes (atualizado às 15h17)
O ex-presidente do Intermat irá prestar depoimento ao Gaeco. Os advogados Jackson Coutinho e Hugo Castilho estão no local para acompanhá-lo.
Eles disseram não ter conhecimento sobre as acusações.
Vários malotes com documentos também estão sendo levados ao Gaeco.
Área em Manso seria alvo de suposto esquema (atualizado às 15h40)
A comercialização de uma área na região do Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães, seria um dos motivos que levaram a prisão dos suspeitos.
A área teria sido adquirida pelo Estado, na gestão de Silval Barbosa (PMDB), de modo irregular. O objetivo seria a construção de um parque.
A área pertenceria à família de um advogado que atua em Cuiabá.
Documentos apreendidos (atualizado às 16h30)
Integrantes do Gaeco acabam de chegar à sede do grupo com mais documentos recolhidos durante os mandados de busca e apreensão. Em uma das caixas, é possível ler o nome Filinto Corrêa da Costa ao lado da inscrição "Investigado".
Silval e Nadaf também são alvos (atualizado às 16h51)
O ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf são os outros dois alvos do Gaeco na "Operação Seven".
Conforme o Gaeco, os mandados de prisão contra os dois serão cumpridos tão logo eles encerrem a participação em uma audiência no Fórum de Cuiabá, relativa a operação Sodoma, que investiga a concessão ilegal de incentivos fiscais a empresas de Mato Grosso.
Embora ambos já estejam presos, o mandado de prisão deve ser cumprido.
Maiores informações em instantes
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