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VARIEDADES Quinta-feira, 20 de Maio de 2021, 16:50 - A | A

20 de Maio de 2021, 16h:50 - A | A

VARIEDADES / ESQUEMA NO TRANSPORTE

MPE: ex-diretor da Ager recebeu R$ 250 mil de propina da Verde

Valores teriam sido repassados a Luis Arnaldo de Mello pelo braço-direito do empresário Eder Pinheiro

THAÍZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO



O ex-presidente interino e ex-diretor de Transportes da Ager (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegado), Luis Arnaldo Faria de Mello, teria recebido R$ 250 mil de propina da empresa Verde Transportes, investigada em um esquema de monopólio no setor em Mato Grosso.

A informação consta em uma ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPE) contra Luis Arnaldo e outros servidores proposta no dia 12.

A propina, segundo o MPE, teria sido repassada pelo executivo Max Willian de Barros Lima, considerado braço-direito do dono da Verde Transporte e suposto líder do esquema, Eder Pinheiro.

Max Willian firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público. A colaboração foi responsável por desencadear a 3ª fase da Operação Rota Final, na última sexta-feira (14). O ex-presidente interino foi alvo da 1ª fase da operação.

A ação mostra diálogos entre Max Willian e Luis Arnaldo em 2017 por WhatsApp.

De acordo com o MPE, eles conversavam por mensagens cifradas, fazendo uso de expressões convencionais  como “café”, “torrar”, “encomenda” para ocultar a verdadeira natureza dos diversos encontros realizados entre ambos.

“Encontros esses (...) que sempre ocorreram fora da agência reguladora, em horários e dias da semana impróprios para um servidor público tratar de assuntos típicos do seu trabalho, portanto, sob condições inteiramente suspeitas”, diz trecho do documento.

Veja trecho de uma das conversas abaixo:

Além da propina, segundo o MPE, Luis Arnaldo também teria sido “agraciado” indevidamente com passagens de ônibus no valor de R$ 2,1 mil.

“Sendo assim, o servidor público Luis Arnaldo se enriqueceu ilicitamente com pelo menos R$ 252.151,61, recebidos em espécie e na forma de passagens de transporte fornecidas pelos empresários do Grupo Verde Transportes”, diz trecho do documento.

Propina de R$ 100 mil

Conforme o MPE, o ex-coordenador de Transportes da Ager, Wilson Ninomiya, também terua recebido propina de mais de R$ 100 mil da Verde Transportes entre 2014 a 2016.

O levantamento do sigilo bancário da empresa Orion Turismo Eireli, pertencente ao Grupo Verde Transportes, identificou cerca de 50 movimentações financeira para contas do servidor público e de sua filha, Thais Costa Marques Ninomiya, servidora do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia nos valores entre R$ 4 mil a R$ 1,5 mil.

Veja abaixo: 

Ainda conforme o MPE,  mensagens de WhatsApp resgatadas do aparelho Max Willian mostram o que seriam cobranças de Wilson Ninomiya quanto à efetivação de seus pagamentos.

Em março de 2016, ele ameaçou falar para Éder Pinheiro – designado pela sigla EP – “que o proposto por ele não vem sendo e dessa forma prefiro pular fora”.

Exatamente naquele dia foi transferido o valor de R$ 2,5 mil para a conta da sua filha.

O MPE destacou que os pagamentos podem ter sido estendidos para além de 2016, mas integralizados em espécie e por isso não rastreados, já que a Ager seguiu inerte às irregularidades da empresa.

“Assim, em que pese os dados bancários analisados tenham revelado transações financeiras entre janeiro/2014 e junho/2016, fato é que o ex -coordenador de transportes continuou utilizando seu cargo e funções para favorecer a empresa Verde Transportes", diz trecho da ação.

"Não sendo crível, pois, que de um instante para outro tenha passado a fazê-lo por altruísmo ou só pela satisfação de transgredir com seus deveres funcionais”.

A ação

Também foram acionados os ex-presidentes Carlos Carlão Pereira do Nascimento e Eduardo Alves de Mouraos, os servidores públicos Emerson Almeida de Souza, Jucemara Carneiro Marques Godinho e os empresários Júlio César Sales Lima, Wagner Ávila do Nascimento, José Eduardo Pena, Edson Angelo Gardenal Cabrera. 

Na ação, o Ministério Público pede a perda de R$ 2,5 milhões dos acusados, além de pagamento de multa civil no mesmo valor.

A ação ainda será analisada pela juízo da Vara Especializada da Ação Civil Pública e Popular. 

Leia mais: 

MPE aciona ex-presidentes da Ager e empresários e pede R$ 5 mi

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