DA REDAÇÃO
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso apresentou nesta quarta-feira (03) as alegações finais no processo relacionado ao “Caso Grampolândia”.
Em relação ao Coronel PM Zaqueu Barbosa, ex-comandante geral da PM, foi requerida a condenação pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior.
Devido à continuidade delitiva da prática dos crimes, fator que ocasiona o aumento da pena, a condenação pode chegar até 23 anos de prisão.
Nas alegações finais também foi solicitada a condenação do Cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Junior por falsificação de documento público e falsidade ideológica, cuja pena pode chegar até 18 anos de prisão, também devido à continuidade delitiva.
Já o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco poderá ser condenado pelo crime de realização de operação militar sem ordem superior, que prevê de três a cinco anos de reclusão.
Em relação aos outros dois réus, coronel Ronelson Jorge de Barros e tenente-cornel Januário Antonio Edwiges Batista, o Ministério Público se posicionou pela absolvição.
Entenda o caso
O escândalo da grampolândia veio a público no ano passado, quando coronéis da PM, mais assessores do primeiro escalão do Palácio Paiaguás, se utilizariam do esquema para monitorar adversários políticos, jornalistas, advogados e empresários.
No caso da denúncia, teria sido usado um inquérito que investigava uma quadrilha de traficantes de cocaína.
Ao pedir a quebra dos telefones dos supostos membros da quadrilha, teriam sido inseridos, ilegalmente, na lista encaminhada à Justiça, os telefones que interessariam ao Executivo monitorar.
Entre os grampeados estaria a deputada Janaina Riva (PMDB); o advogado José do Patrocínio; o desembargador aposentado José Ferreira Leite; a filha do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, Kelly Arcanjo Ribeiro Zen; e os médicos Sergio Dezanetti (de Alta Floresta), Luciano Florisbelo da Silva (do Hospital Santa Rosa, de Cuiabá), Paullineli Fraga Martins (médico perito, de Alta Floresta), Helio Ferreira de Lima Junior (médico ginecologista) e Hugo Miguel Viegas Coelho (médico da Policlínica de Várzea Grande).
Em setembro do ano passado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o cinco militares.
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