ALLINE MARQUES
DIÁRIO DE CUIABÁ
O promotor de justiça Marcos Regenold responde a dois procedimentos de investigação e um deles está nas mãos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e outro na Corregedoria do Ministério Público do Estado. Ele foi afastado do cargo temporariamente após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão em sua residência na quinta fase da operação Ararath.
O procedimento que corre no Ministério Público Federal (MPF) ainda não foi concluído. A informação é de que ao final da investigação será encaminhado um relatório para o órgão no Estado tomar as medidas cabíveis.
Já a corregedoria do MPE instaurou a sindicância contra Regenold no dia 22 de maio com prazo de 45 dias, porém já foi prorrogado por duas vezes. Dia 7 de outubro vence o prazo mais uma vez, mas pode se estender mais uma vez até que todas as provas sejam analisadas.
Uma outra sindicância foi aberta pela corregedoria envolvendo Regenold para apurar o ‘sumiço’ de um processo que tramita no Primeiro Juizado Especial Cível de Cuiabá.
A ação estava na casa do promotor e foi apreendida pela Polícia Federal. O advogado Luiz Antônio Siqueira Campos fez carga do processo e levou até o promotor, mas não teria nenhuma ligação com a Ararath.
A busca e apreensão na casa de Regenold foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na decisão o magistrado cita duas conversas do promotor com Eder Moraes, que está no centro das investigações.
Nas interceptações telefônicas, o ex-secretário relata que a Polícia Federal está em sua casa cumprindo busca e apreensão e pede para o promotor descobrir algo a respeito da Operação. Eder diz ainda que já tinha feito o que pediram e diz ainda que os únicos documentos que têm em sua casa já tinha sido entregue para o MPE.
Regenold é acusado de ter atrapalhado as investigações da PF e manter relações espúrias com Eder. Ele teria informado que o ex-secretário faria um depoimento para colaborar com as investigações, porém por dois meses nada aconteceu.
A oitiva dele na PF ainda teria servido para denunciar apenas desafetos políticos de Eder, que ensaiava disputar a eleição para deputado estadual.
De acordo com o inquérito, o procurador–geral de justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, procurou a PF para dizer que o MPE gostaria de colaborar com as investigações da Ararath e apresentou o nome do promotor Marcos Regenold, para ser o interlocutor das informações entre os órgãos.
Há suspeita de que o procurador fosse conivente com a situação, porém ele não é alvo de sindicância.
O promotor nega qualquer envolvimento com Eder e disse que somente intermediou os encontros do ex-secretário com a PF.
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