LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O promotor de justiça Marcos Regenold Fernandes, após posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), contra a declaração dada por ele, em entrevista ao site MidiaNews, afirmou que não “quis desrespeitar a classe dos advogados”.
A polêmica gira em torno da seguinte declaração dada por Marcos Regenold: “a defesa sempre vai tentar atrapalhar a acusação; ela é paga para isso. Às vezes os bons advogados dos acusados são pagos com dinheiro público roubado da população”.
O promotor explicou que “o contexto da entrevista faz menção aos criminosos de colarinho branco, à corrupção, bem como a natural atuação de seus advogados na contraposição da acusação”.
“Em momento algum houve individualização ou generalização relativa a nobre atividade advocatícia, apenas menção de que criminosos desse naipe possuem condições de contratar grandes bancas para sua defesa, porque tem acesso ao dinheiro dos contribuintes”, disse.
Ainda segundo ele, sempre foi cordial e respeitoso com os advogados e ele se considera “um advogado das causas públicas”.
Regenold emitiu nota nesta manhã (3), após a nota de repudio publicada pela OAB-MT, nesta segunda-feira (2), e o Conselho Federal da entidade ter aprovado ato de desagravo contra o promotor.
Para o presidente da Ordem, Maurício Aude, as declarações de Regenold foram “desrespeitosas”.
“Bons advogados são éticos, estudam muito e se atualizam para atuar e defender seus clientes com inteligência e eficácia, não podendo haver confusão entre o que se suspeita terem feito seus clientes e o munus público que os profissionais da advocacia exercem”, destacou.
Veja a íntegra da nota do promotor.
A despeito da nota de repúdio feita pela Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso acerca de declarações dadas por este Promotor de Justiça quando de entrevista ao site “Midianews”, publicada no último domingo, vem a público esclarecer que em momento algum este membro do Ministério Público quis desrespeitar a classe dos advogados, a qual sempre nutriu profundo respeito e admiração.
O contexto da entrevista faz menção aos criminosos de colarinho branco, à corrupção, bem como a natural atuação de seus advogados na contraposição da acusação.
Em momento algum houve individualização ou generalização relativa a nobre atividade advocatícia, apenas menção de que criminosos desse naipe possuem condições de contratar grandes bancas para sua defesa, porque tem acesso ao dinheiro dos contribuintes.
Mesmo em relação à Operação Aprendiz, este signatário não fez qualquer menção à pessoa do advogado do principal investigado, não obstante esse causídico ter afirmado em diversos meios de comunicação deste Estado, que os membros do GAECO são desonestos e agem de má-fé, algo que, em que pese a ofensividade das palavras utilizadas, entendo como excessos naturais falados em momento de emoção.
Em 19 anos de atuação como Promotor de Justiça este signatário nunca teve qualquer atrito, rusga ou desavença profissional com qualquer advogado. Sou filho de advogado, tenho parentes e muitos amigos advogados e todos os causídicos com os quais tive o prazer de trabalhar, sabem que sempre fui respeitoso e cordial, além do que me considero um "advogado" das causas públicas.
Marcos Regenold Fernandes
Promotor de Justiça
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