LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O corregedor-geral do Ministério Público Estadual (MPE), procurador de Justiça Mauro Viveiros, afirmou ao MidiaJur que convocará o promotor de Justiça Marcos Regenold a dar explicações sobre as suspeitas de que o mesmo teria dirigido sob a influência de álcool, na noite da última quarta-feira (16).
Mauro Viveiros explicou que, com o relato de Regenold em mãos, a corregedoria contará com maiores elementos para decidir se deve ou não investigar o promotor de Justiça no âmbito administrativo.
“Após os esclarecimentos, será analisado se houve algum desvio de conduta que justifique a instauração de procedimento disciplinar”, explicou Viveiros, por meio da assessoria de imprensa.
Regenold teve a sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) apreendida após se negar a fazer um teste de bafômetro, em blitz da “Operação Lei Seca” realizada pela Polícia Civil na Praça Popular, em Cuiabá.
Além da apreensão, o promotor -que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)- levou 7 pontos na carteira e terá que pagar multa de R$ 1.950,00.
A apreensão
Na versão do promotor Marcos Regenold, a recusa em fazer o teste foi motivada pelo uso do enxaguante bucal Listerine, pois o produto contém álcool.
A justificativa, no entanto, foi afastada pelo titular da Delegacia de Delitos de Trânsito da Capital (Delitran), Christian Cabral.
Segundo o delegado, a absorção do Listerine é “rápida” e o promotor não poderia ter se negado a fazer o teste quando solicitado.
Ele ainda ressaltou que não há especificação na legislação brasileira de trânsito que permita aos motoristas se negarem a realizar o teste com a afirmação de que comeram doces com licores ou usaram produtos como Listerine.
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