DA REDAÇÃO
COM MPE
Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a Polícia Civil, na manhã de quinta-feira (21), no município de Nova Monte Verde, resultou na prisão em flagrante do filho do prefeito, o advogado Hugo Silveira, do secretário de Obras da cidade, Felisberto Rodrigues de Oliveira, e do servidor, Airton Paes de Melo. Os três estavam utilizando maquinário da Prefeitura para realização de obras de nivelamento e compactação para construção de escritório de advocacia do filho do Chefe do Poder Executivo. Os dois lotes onde a obra está sendo realizada estão titulados ao prefeito Arion Silveira, e seu filho, Hugo Silveira, com as respectivas esposas.
De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Augusto Farias Monteiro, pela manhã foi recebida a denúncia na Promotoria, acompanhada de fotos e filmagem. "Chamou atenção o fato de que o terreno é vizinho da Promotoria de Justiça, localizando-se exatamente atrás desta, no centro desta cidade", disse.
Imediatamente, segundo ele, foi requisitado auxílio da Polícia Civil, por intermédio do delegado Israel Pirangi, para formação de força-tarefa conjunta na realização das diligências que culminaram na prisão em flagrante dos responsáveis.
"Por a prova produzida interessar a Inquérito Civil a ser instaurado para apuração de eventual prática de ato de improbidade administrativa, e também velando pela estrita observância das garantias dos conduzidos, além da legalidade dos atos do Auto de Prisão em Flagrante, de forma a preservá-lo de qualquer nulidade, o Ministério Público exerceu a prerrogativa institucional de acompanhar e participar desde o início até o final dos atos da lavratura da prisão em flagrante, até como forma de evitar qualquer tipo de tentativa de interferência externa no trabalho da polícia”, explicou
Conforme o promotor de Justiça e o delegado, não foi possível a prisão em flagrante delito do prefeito Arion Silveira por estar cumprindo agenda política em Cuiabá. A prisão do filho do Chefe do Poder Executivo Municipal foi comunicada à OAB, por meio do presidente da 8ª Subseção da OAB em Alta Floresta. O interrogatório do conduzido foi devidamente acompanhado por representante da Ordem, mesmo não sendo caso de prisão por motivo ligado ao exercício da advocacia.
A defesa dos acusados ingressou com o pedido de liberdade provisória com ou sem fiança e o Ministério Público manifestou-se favorável à aplicação de medidas cautelares diversas, cumulada com fiança. O presos foram liberados apenas na tarde de ontem com o pagamento de fiança em torno de R$5.000,00, cumulada com a aplicação das medidas cautelares diversas.
"Durante as diligências foi estabelecido contato o Secretário de Segurança Pública, que também é Promotor de Justiça, Mauro Zaque, com o coordenador no Gaeco, o promotor Marco Aurélio, além do Diretor da Polícia Civil, Adriano Peralta, e dos Delegados Mario Demerval e Rodrigo Bastos. São esses tipos de atuações integradas das Instituições que são capazes de dar uma resposta rápida à sociedade, desenvolvendo na população a necessária cultura de moralidade pública na Administração", destacou o promotor de Justiça.
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