BRUNA BARBOSA
DA REDAÇÃO
Quatro servidores da Vigilância Sanitária de Sapezal solicitaram que a Câmara de Vereadores e o Ministério Público Estadual (MPE) abram uma investigação contra o prefeito do Município, Valcir Casagrande (PL). O gestor é acusado de tentar obstruir e dificultar fiscalizações relacionada à prevenção da Covid-19.
Nos documentos, os servidores relataram que as tentativas de obstrução denunciadas aconteceram em 17 de abril, por volta de 16h49, durante uma ligação entre o prefeito e um empresário.
O áudio da ligação foi entregue junto com a denúncia. Nele, Valcir afirma que os servidores da Vigilância Sanitária são "bandidos", "vagabundos" e "cheios de fake news".
Na denúncia, os servidores afirmam que o prefeito cometeu crime de responsabilidade, assédio moral, conduta lesiva ao enfrentamento de emergência de saúde pública, advocacia administrativa e diversas outras infrações administrativas.
Os atos pelos quais o prefeito foi acusado podem acarretar em cassação do mandato caso a Câmara decida instalar uma investigação.
Os servidores ressaltaram que a abertura de uma investigação contra Valcir é de "imensa relevância". E que, ao final da apuração, o MPE proponha uma ação penal e administrativa contra o prefeito.
“Desse modo, é indiscutível que com a sua conduta, o suspeito praticou os crimes em questão e a instauração de investigação é de imensa relevância, e não se espera desta instituição que trabalha pela ordem jurídica e dos interesses da sociedade e pela fiel observância das leis e da constituição outra atitude, senão a instauração da investigação, pois, cometer injustiça é pior do que sofrê-la”, diz trecho do pedido de investigação.
A reportagem tentou entrar em contato com o prefeito, mas não obteve retorno.
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