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VARIEDADES Sábado, 17 de Setembro de 2016, 11:39 - A | A

17 de Setembro de 2016, 11h:39 - A | A

VARIEDADES / UM ANO PRESO

Silval: "Eu não vou fugir; não existe possibilidade disso"

O MPE defende a manutenção da prisão do ex-governador, apesar do fim da instrução criminal

DO FOLHA MAX



Em tom de desabafo, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) conversou com a imprensa na tarde desta sexta-feira (16), durante participação numa audiência de instrução e julgamento da ação penal relativa à Operação Seven, a respeito de completar um ano de prisão neste sábado (17).

“Eu estou sofrendo com esse enclausuramento na prisão. Não consigo ter acesso aos documentos do processo para tomar conhecimento do que estão me acusando e o que poderia rebater. Ainda assim, estamos com a banca de advogados recorrendo aos tribunais superiores”, disse. 

Silval ainda negou que tenha a proposta de fugir de Mato Grosso para escapar de uma punição do Judiciário, conforme atestado pelo Ministério Público Estadual (MPE), em parecer assinado pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco.

A representante do MPE defende a manutenção da sua prisão preventiva ainda que tenha se encerrado a fase de instrução processual relativa à ação penal da segunda e terceira fases da Operação Sodoma, da Polícia Civil. 

“Eu não vou fugir e não existe possibilidade disso. Eu me apresentei espontaneamente a Justiça. Tenho residência fixa e estou há quase 40 anos em Mato Grosso. Minha família foi construída aqui, gosto de viver aqui e não vou embora por causa de suposições maldosas. Não tenho conta no exterior, não sou o Eduardo Cunha”, disse.

O ex-governador ainda negou que tenha se enriquecido ilicitamente com aumento do patrimônio desproporcional aos seus vencimentos dos últimos anos. “Depois que entrei na política, meu patrimônio diminuiu. Dediquei 22 anos à vida pública. Eu fazia política com amor porque eu gostava”, disse.

Questionado se está arrependido de algo, Silval Barbosa disse que olharia as pessoas mais próximas com a devida atenção e acredita que o atual momento que o país vive favoreceu sua prisão preventiva.

“Não me arrependo de nada do que faço. Avaliaria mais as pessoas e os procedimentos. Mas tudo é uma questão de momento. A legislação mudou, veio a delação premiada. Então, é mais fácil atribuir responsabilidade a terceiro do que assumi-las. Infelizmente, estou sendo vítima de delatores mentirosos”.

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