CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
O ex-governador de Mato Grosso Pedro Taques (PSDB) prestou depoimento, na manhã desta quinta-feira (27), ao Ministério Público Estadual sobre as supostas interceptações telefônicas ilegais ocorridas durante o Governo tucano.
O caso ficou conhecido nacionalmente como “Grampolândia Panteneira” e veio à tona em 2017. Militares teriam montado um escritório de “arapongagem” para ouvir ligações de adversários políticos de Taques.
O tucano foi ouvido pelo promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues de Oliveira, em uma investigação na área civil.
Detalhes do depoimento, no entanto, não foram revelados pois a investigação está sob sigilo.
Ao MidiaNews, Taques se limitou a confirmar que esteve na sede do Ministério Público para falar sobre o caso.
Prestei esclarecimento no inquérito civil público dos Grampos, onde só existem cópias dos inquéritos policiais que estão com a delegada, nada mais
“Prestei esclarecimento no inquérito civil público dos Grampos, onde só existem cópias dos inquéritos policiais que estão com a delegada, nada mais. Por isso, também, não pude ir ao PSDB hoje. Não poderia deixar de ir ao MPE”, disse Taques se referindo a reunião que lançou o ex-deputado federal Nilson Leitão como pré-candidato na eleição suplementar do Senado, que ocorre no próximo 26 de abril.
Grampolândia Pantaneira
O ex-governador protocolou pedido para ser ouvido pela força-tarefa da Polícia Civil no ano passado.
A força-tarefa é comandada pelas delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira.
Ele foi apontado pelo cabo da PM Gerson Correa – que teve perdão judicial na Justiça Militar por revelar diversas artimanhas do caso – como sendo um dos “donos” do esquema de escutas ilegais que ocorreu entre os anos de 2014 e 2015.
Segundo Gerson, o esquema foi montado para monitorar desafetos políticos do tucano.
“O dono disso aqui é o Paulo Taques [ex-chefe da Casa Civil] e o Pedro Taques”, disse em audiência na Justiça Militar no ano passado.
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