RAMON MONTEAGUDO
MIDIANEWS
O promotor de Justiça Mauro Zaque afirmou ao MidiaNews que considera “normal e previsível” a reação do defensor público-geral André Prieto, que ontem o chamou de “irresponsável e oportunista”.
Zaque propôs, no último dia 12, uma ação civil por ato de improbidade administrativa contra o defensor, pedindo à Justiça o seu afastamento do cargo e o ressarcimento de R$ 491.895,76 aos cofres do Estado.
Segundo ele, foi esse valor que Prieto “dilapidou do patrimônio público” através da compra de 186.981 litros de combustível, ao custo de R$ 539.358,00, feita de março a julho de 2011.
Ontem, em entrevista coletiva, Prieto atacou Zaque, chamando-o de “escorpião” e dizendo que irá acioná-lo Judicialmente. “Ele vai pagar muito caro por isso”, disse o defensor.
Sem comentários
“Não vou comentar esse tipo de coisa. Não cabe a mim discutir ou rebater; só comento o que está nos autos, no processo. O que posso dizer é que esse tipo de reação é normal... É comum o réu ficar ‘indignado’ e partir para o ataque pessoal, principalmente quando é flagrado e falta argumento para combater as provas que estão nos autos”, afirmou.
Segundo o promotor de Justiça, reações semelhantes já acorreram em outros casos em que atuou. “Já aconteceu no caso de João Arcanjo Ribeiro e em várias outras ações em que o Ministério Público investigou corrupção, tráfico de entorpecentes, crime organizado... Como eu disse, esse tipo de reação é comum e até esperada”, afirmou.
O promotor reiterou o conteúdo da ação e disse ter convicção em seu trabalho.
“As provas são expressas, evidentes, e falam por si só. Propus a ação com a máxima convicção e não mudo nada. Nesse momento, é importante demonstrar para a sociedade o que aconteceu, porque o dinheiro é da sociedade. Isso é o correto, e não fazer ataque ao Ministério Público e a quem está apurando”, afirmou Zaque.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.