THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO
A médica Sabrina Iara de Mello, amante do empresário Ivan Bonotto, de 35 anos, que foi morto a facadas a mando do marido dela, Gabriel Bacca, entrou no centro cirúrgico do hospital para pegar o celular da vítima, com o intuito de apagar provas que a ligassem ao assassinato.
Em entrevista ao Portal G1, o delegado Bruno França revelou que Sabrina confessou ter pegado o celular e resetado o aparelho para apagar qualquer evidência que comprovasse a relação entre os dois. Segundo a investigação, o dispositivo continha inclusive um vídeo do momento em que a vítima era esfaqueada, o qual teria sido apagado por ela.
Apesar das suspeitas, a médica nega ter participação direta no crime. O delegado, no entanto, afirmou que as investigações continuam para apurar se ela tinha conhecimento prévio do assassinato.
As apurações mostraram que, quatro minutos após a entrada de Ivan no hospital, Sabrina chegou à unidade de saúde alegando ser apenas amiga do paciente. Segundo a polícia, o objetivo desde o início era acessar o celular da vítima para apagar provas do relacionamento extraconjugal, como mensagens e fotos.
Ivan chegou a apresentar melhoras nos dias seguintes ao atentado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Homicídio
Na madrugada de 22 de março, a vítima Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, deu entrada no Hospital 13 de Maio em Sorriso, após ser vítima de tentativa de homicídio em que sofreu diversas perfurações de arma branca, na distribuidora de bebidas no bairro Residencial Village.
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Após alguns dias em tratamento na unidade hospitalar, a vítima chegou a apresentar quadro de melhora, no entanto, no dia 13 abril, sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi a óbito.
Na ocasião, o proprietário do local foi ouvido na Delegacia de Sorriso e alegou que o fato se tratava de uma briga em razão de desentendimento por consumo de álcool e que não conhecia e nem tinha relação com nenhuma das partes envolvidas.
Na mesma época, o autor das facadas chegou a se apresentar espontaneamente na delegacia, também apresentando a versão de que o fato se deu em razão de uma briga no bar e que teria agido em legítima defesa.
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