GIOVANA GIRALDELLI
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), voltou a criticar a gestão anterior e afirmou que dívidas deixadas comprometem o andamento da atual administração.
“Eu não gostaria de olhar para trás, de maneira nenhuma. Mas quem vai pagar os R$ 50 milhões de consignados que foram roubados do servidor e não foram pagos aos bancos?”, questionou.
Além do rombo nos consignados, Abílio mencionou que teve que reconhecer R$ 35 milhões em dívidas com uma empresa do transporte coletivo e que o município deve enfrentar uma “fatura enorme” relacionada ao contrato com a CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo. “A bomba que a gente tem que resolver com a CS Mobi, que vem uma fatura enorme para a gente pagar.”
O prefeito ainda alertou para uma dívida de R$ 700 milhões de curto prazo e uma “sombra” de R$ 2 bilhões no orçamento. “É muito mais fácil. Se eu pudesse pegar o orçamento do município e cuidar apenas das despesas geradas em 2025, seria excelente. Mas a sombra das dívidas trava a gestão”, lamentou.
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Segundo ele, a situação financeira da cidade impacta até mesmo a capacidade de buscar novos recursos. “Inclusive, infelizmente existe uma âncora travando o desenvolvimento do município associada a vereadores que ficaram puxando o saco do gestor anterior”, concluiu.
Abílio também revelou que o município recebeu nota “C” no CAPAG, indicador do Tesouro Nacional que mede a capacidade de pagamento dos entes federativos. Segundo ele, essa classificação impede Cuiabá de contratar novos financiamentos. “As inúmeras empresas que não receberam em 2023 e 2024, deixa para lá? Não olhe para trás?”, ironizou.
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