GIOVANA GIRALDELLI
DA REDAÇÃO
O nome de Otaviano Pivetta (Republicanos) foi oficialmente colocado como aposta majoritária para a sucessão estadual de 2026 pelo atual grupo da situação. A decisão foi firmada durante um jantar entre lideranças políticas e do agronegócio, na noite de terça-feira (8), e confirmada pelo deputado Diego Guimarães (Republicanos) nesta quarta-feira (9). Segundo ele, o consenso é pela continuidade do ciclo de desenvolvimento iniciado sob a gestão Mauro Mendes (União).
O encontro reuniu nomes influentes da política e do agronegócio mato-grossense, num movimento que fortalece a pré-candidatura de Pivetta e "isola adversários". A avaliação do grupo é de que o vice-governador reúne experiência administrativa e bom trânsito com o setor produtivo, além de carregar o legado da gestão Mauro Mendes, que chega ao fim do segundo mandato com alta aprovação.
Ao confirmar o acerto, Diego Guimarães defendeu que o Estado precisa de “doze anos de prosperidade” para consolidar os avanços recentes. “O Otaviano é o mais preparado para esse momento. Ele conhece o Estado, sabe dos investimentos e da evolução que tivemos. É quem garante a continuidade do bom trabalho que aconteceu nestes últimos anos”, afirmou.
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A movimentação também pressiona o PL, que mantém o senador Wellington Fagundes como pré-candidato ao Palácio Paiaguás. Apesar disso, aliados próximos consideram que a viabilidade de Pivetta e o peso do agronegócio na construção da chapa podem levar à retirada da candidatura e unificação do grupo. O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), é visto como peça importante nesse cenário e já foi sondado para apoiar o projeto.
No plano nacional, Diego reforçou que o Republicanos marchará com a direita, independentemente do nome. Ele rebateu a fala de Bolsonaro, que declarou só apoiar candidatos do PL. “A direita não se resume ao PL. Para apoiar o Bolsonaro, o Republicanos serviu. Por que agora não serviria para o PL apoiar o Republicanos?”, questionou.
As conversas de bastidores também indicam que a federação entre Republicanos e MDB perdeu força, mas caso avance, a articulação é para que Pivetta assuma o comando da legenda unificada em Mato Grosso, cenário esse já defendido por aliados e líderes estaduais.
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