DA REDAÇÃO
O vereador Dilemário Alencar (União Brasil), relator da CPI do Estacionamento Rotativo na Câmara de Cuiabá, comparou o contrato de concessão firmado entre a antiga gestão municipal, liderada pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo da capital ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Segundo o parlamentar, o acordo pode gerar um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos e ser considerado um dos maiores escândalos financeiros da história de Mato Grosso.
“Esse contrato pode ser comparado ao VLT, pois prevê correções que elevam o valor original de R$ 650 milhões para mais de R$ 1 bilhão ao longo dos 30 anos de concessão. É um absurdo que precisa ser investigado”, afirmou o vereador.
O contrato, assinado em dezembro de 2022, autoriza a empresa CS Mobi a gerenciar até 4 mil vagas de estacionamento em vias públicas de Cuiabá, construir o novo Mercado Municipal Miguel Sutil e executar obras de revitalização na região central da cidade. Para isso, além de cobrar pelo uso das vagas, a empresa ainda recebe repasses mensais da Prefeitura.
“O mais grave é que a concessionária, mesmo sendo privada, cobra da população para usar as vagas e ainda recebe repasses da Prefeitura. No quinto ano, esse aporte mensal chegará a R$ 1,9 milhão. Isso torna o contrato extremamente vantajoso para a empresa e altamente lesivo aos cofres públicos”, denunciou Dilemário.
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O parlamentar também criticou a falta de transparência do ex-prefeito Emanuel Pinheiro na condução do processo. “Esse contrato foi feito sem dar publicidade à imprensa, aos vereadores ou à população. Só soubemos dos detalhes quando o atual prefeito, Abílio Brunini, assumiu e revelou o conteúdo do contrato”, ressaltou.
Relator da CPI do Estacionamento Rotativo, Dilemário Alencar convocou o ex-prefeito Emanuel Pinheiro para prestar esclarecimentos. O depoimento está marcado para o dia 7 de julho, às 9h, no plenário da Câmara Municipal.
“O povo de Cuiabá precisa saber quem se beneficiou desse contrato. Não podemos aceitar mais um caso de prejuízo bilionário como foi o do VLT”, concluiu o vereador.
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