DA REDAÇÃO
A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), voltou a afirmar, nesta terça-feira (15/07), que o Legislativo tem cumprido seu papel diante da investigação que afastou os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), destacando que a Casa está impedida legalmente de acessar os autos, que correm sob sigilo.
“Não depende da Câmara, ela não é parte no processo. O inquérito segue em sigilo, nós cumprimos a lei. A Câmara não está inerte, o que ocorre é que tem um processo que corre em segredo de justiça, embora nós tenhamos tentado, por duas vezes, ingressar no processo, nos foi negado. Então, nós estamos aguardando a Justiça”, declarou Calil, em entrevista à imprensa.
A fala vem à tona no mesmo dia em que se completam 80 dias do afastamento dos parlamentares por suspeita de recebimento de propina. Contudo, desde então, seguem recebendo salários integrais de R$ 26 mil, mesmo fora das funções legislativas. O pagamento foi garantido por decisão judicial no fim de junho, assinada pela juíza Mayume Kobayashe, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A magistrada justificou que o afastamento não rompe o vínculo formal com o cargo, o que preserva o direito à remuneração.
Suspeita de propina e operação policial
Chico 2000 e Sargento Joelson foram afastados no dia 29 de abril, após a deflagração da Operação Perfídia, que investiga um suposto esquema de propina paga pela empreiteira HB20 Construções, responsável pela obra do Contorno Leste, em troca de apoio político na Câmara.
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